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MPPA denuncia 19 suspeitos de envolvimento em esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Night Time Police Violent Crime Intervention. Police Vehicles with Flashing Lights.

Um grupo de 19 pessoas foi denunciado pela Promotoria de Justiça Criminal de Castanhal, nordeste do Pará. Segundo informações desta segunda-feira (24), a denúncia é resultado de investigação iniciada em 2020 pela Polícia Civil, que desvendou uma rede complexa envolvendo tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e outros crimes. Os envolvidos traficavam grande volume de entorpecentes, inclusive para Pernambuco, e depois lavavam dinheiro para ocultar o rendimento oriundo do tráfico de drogas.

A denúncia foi oferecida ao Juízo da 2ª Vara Criminal pelas Promotorias de Justiça Criminais de Castanhal. O MPPA requer o recebimento da denúncia e a condenação dos denunciados, cujas condutas e tipificações penais estão elencadas na Ação.

Esquema criminoso
O esquema de distribuição funcionava da seguinte forma: o denunciado Adimilson Fermino Gabriel adquiria o entorpecente e guardava em um retiro (galpão usado para fabricação de farinha), em Santa Maria do Pará. O material era entregue, dentre outros locais, na cidade de Serra Talhada, em Pernambuco, por Marcos Antônio, em um veículo ou em um ônibus de turismo fretado exclusivamente para esse fim.

O dinheiro era recebido em espécie pela denunciada Pamela Paloma Machado Borges, ex-esposa de Adimilson e irmã da atual esposa, Priscila Borges, que também foram denunciadas. Com a arrecadação, a associação criminosa estruturou um esquema de lavagem de capitais, ocultando grande parte do dinheiro oriundo do tráfico, inclusive adquirindo imóveis rurais em nome de laranjas.

A investigação, em uma de suas fases, resultou na prisão em flagrante de José Erisvaldo da Silva com cerca de 500 quilos de cocaína, materializando o crime de tráfico e associação para o tráfico, confirmando as informações preexistentes das condutas de cada um dos denunciados que estão explicitadas na denúncia.

As investigações prosseguiram e as informações coletadas com a quebra e extração de dados dos aparelhos celulares, somadas às interceptações telefônicas, análises de ERB’s e Relatórios de Inteligência Financeira (RIF), formaram um volumoso conjunto de provas contra os denunciados.

As investigações da Polícia Civil do Pará avançaram culminando com a “Operação Farinha”, deflagrada no dia 13 de abril deste ano, com ordens judiciais expedidas pela 2ª Vara Criminal, de busca e apreensão de bens, documentos, aparelhos celulares, prisões preventivas e bloqueio de valores e bens, que somados ultrapassam R$ 20 milhões.

Diversos atos de lavagem de dinheiro foram praticados pelos denunciados, utilizando-se de pessoas físicas e jurídicas, todas vinculadas, direta e indiretamente ao tráfico de drogas, “o que permitiu a ocultação e dissimulação, e em alguns casos a integração ao mercado, do dinheiro ilicitamente arrecadado com o tráfico, mas já com aparência de licitude, possibilitando a retroalimentação da cadeia criminosa do tráfico de drogas”, destaca o MPPA.

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