Pernambuco

Quatro homens são denunciados à Justiça por assassinato de filho de líder rural em área de litígio agrário em Barreiros

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou à Justiça quatro homens por suspeita de terem participado da morte de Jonatas Oliveira, de 9 anos, assassinado dentro de casa no Engenho Roncadorzinho, em Barreiros, na Zona da Mata. Filho de um líder rural em uma área de litígio agrário, o menino foi morto a tiros no dia 10 de fevereiro.

Escondido embaixo da cama, junto da mãe, Jonatas foi executado por homens encapuzados, que invadiram a casa da família nessa data, por volta das 21h40. No local, também havia outras três crianças, que não ficaram feridas, além do pai de Jonatas, o líder rural Geovane da Silva Santos, que foi baleado no ombro e socorrido, sobrevivendo à tentativa de homicídio.

Ao menos sete criminosos invadiram a residência onde Jonatas morava com a família. A investigação da Polícia Civil apontou que, além deles, houve um mandante do crime: dentro de um presídio, um detento deu a ordem para matar.

Além da denúncia, o MPPE pediu a prisão preventiva de quatro suspeitos, que foi concedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Há, entre eles, quatro adolescentes, mas o processo corre em segredo de Justiça por se tratar de menores de idade.

Os suspeitos denunciados foram:

Antônio Carlos da Silva, de 36 anos;

Manoel Bezerra Siqueira Neto, de 33 anos;

Marlison Matos Sales da Silva, de 19 anos;

Michael Faustino da Silva, de 18 anos.

 

Os crimes denunciados são de homicídio qualificado por motivo fútil e sem possibilidade de defesa, pelo fato de a vítima ser menor de 14 anos e por ter sido morta na presença dos pais. Eles também respondem por tentativa de homicídio contra Geovane; por associação criminosa; associação para o tráfico e por corrupção de menor.

“Os investigados agrediram-no fisicamente, por esse motivo a criança correu e buscou refúgio embaixo da cama de sua mãe”, disse o MPPE. Por causa da fuga do pai, segundo a denúncia, “os imputados decidiram assassinar a criança no lugar deste, sendo certo que tal crime ocorreu na presença da mãe e irmãos da vítima”.

Segundo o g1, por meio de nota, o Ministério Público disse que os adolescentes envolvidos “foram representados pelos atos infracionais correlatos aos referidos crimes”. A Justiça determinou a internação definitiva deles. Dois deles estão recolhidos e os outros ainda estão com mandado de internação em aberto.

 

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