Brasil

Tragédia de São Paulo vira embate político

A tragédia das chuvas no litoral de São Paulo, com dezenas de mortos, virou munição política para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao assumir o microfone, Lula politizou o fato ao fazer comparações com o passado, sem citar Bolsonaro: “Queria mostrar a vocês uma cena que há muito tempo vocês não viam: um governador, um presidente, um prefeito, sentados numa mesa em função de algo comum que atinge a todos nós”, disse. O petista tem sido criticado por manter os “olhos no retrovisor” e continuar invocando Bolsonaro em seus discursos, mesmo caminhando para o terceiro mês de mandato.

Nas redes sociais, aliados de Lula reforçaram a comparação feita pelo presidente e relembraram um episódio de dezembro de 2021, quando Bolsonaro disse esperar “não ter de retornar antes” de suas férias em Santa Catarina no momento em que a Bahia enfrentava fortes chuvas. Apesar da declaração, Bolsonaro chegou a sobrevoar a região afetada pelo temporal na época e escalou ministros para trabalhar com autoridades locais.

O Brasil tem presidente”, publicou a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT). O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) também explorou a situação como capital político para Lula: “Diferença que faz ter um presidente que cuida das pessoas”, publicou.

Já políticos bolsonaristas criticaram a quantia liberada pelo governo federal para socorrer as cidades atingidas pelo temporal, de R$ 2 milhões. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparou o valor com os R$ 5 milhões captados pela atriz Cláudia Raia para um espetáculo via Lei Rouanet.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) relembrou quando Bolsonaro liberou crédito extra de R$ 700 milhões para atender às regiões afetadas por chuvas na Bahia e em Minas no fim de 2021. “Lula liberou R$ 2 milhões? Que tipo de ‘presidente’ é este?”, questionou. “Nós tínhamos presidente”, completou.

Fonte: Estadão.

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