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Pílula do dia seguinte deve ser tomada no mesmo dia da relação sexual desprotegida, dizem médicos

Apesar de ser conhecida como “pílula do dia seguinte”, quanto antes ela for tomada após uma relação sexual desprotegida, maior a sua eficácia.

Considerado um método emergencial e que não deve ser corriqueiro, a pílula do dia seguinte usa hormônios para provocar mudanças no corpo da mulher que evitem o encontro entre o espermatozoide e o óvulo.

“As mulheres devem tomar a pílula o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida. A eficácia é maior quando a pílula é tomada nas primeiras 24 h, após o ato sexual, podendo ser feito o uso até 72 h depois do sexo. Alguns estudos mostram eficácia em até 5 dias após a relação sexual, porém com percentual bem menor”, detalha o médico ginecologista e obstetra Paulo Henrique Aureliano.

Coordenadora do setor de Ginecologia do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Renata Sivini explica que o medicamento é vendido de duas maneiras. “Em dose única ou em dois comprimidos. A indicação, no caso dos dois comprimidos, é aguardar 12 horas após a ingestão do primeiro para tomar o segundo”, afirma a ginecologista e obstetra.

“A pílula do dia seguinte deve ser encarada como última opção, tendo em vista que a prevenção através de contraceptivos antes e/ou durante a relação sexual são muito mais eficazes”, explica Aureliano.

Entre motivos para tomar a pílula do dia seguinte, segundo o médico, estão:

rompimento de preservativo;
pausa prolongada no anticoncepcional oral;
em caso de esquecer de aplicar o anticoncepcional injetável na data correta;
expulsão do diafragma ou do DIU e
em casos de violência sexual.
Pílula do dia seguinte não é abortivo
O método não é abortivo. “Uma vez que a fecundação ocorre, tais alterações hormonais não são capazes de impedir a implantação do ovo fecundado no útero”, comenta Aureliano.

Inclusive, a única contra indicação do método é justamente para mulheres grávidas.

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