Trabalhadores da Compesa entram em greve por tempo indeterminado e denunciam tentativa de privatização

Os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) iniciaram, nesta segunda-feira (13), uma greve por tempo indeterminado. A decisão ocorre após cinco meses de tentativas frustradas de negociação entre o Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco e a direção da empresa.

Segundo o sindicato, a categoria reivindica condições dignas de trabalho e valorização profissional, em meio ao aumento do custo de vida e à defasagem salarial causada pela inflação. “A Compesa insiste em propor reajustes abaixo da realidade, o que torna inviável manter o poder de compra dos servidores”, destaca a nota divulgada à imprensa.

Além das reivindicações salariais, o movimento também tem caráter político e social, com foco na defesa da Compesa pública. Os trabalhadores afirmam que existe uma tentativa de privatizar o sistema de saneamento, o que, segundo eles, traria prejuízos diretos à população.

“Não lutamos apenas pelo nosso contracheque, mas pela manutenção da Compesa como patrimônio do povo pernambucano. Privatizar é transformar um direito essencial — a água — em mercadoria”, diz o comunicado.