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Chacina: polícia faz buscas por corpos em chácara de família desaparecida

Na manhã dessa quinta-feira (19/1), policiais civis, militares e bombeiros fazem uma operação de busca em chácaras do Condomínio Residencial Novo Horizonte, no Itapoã, na tentativa de localizar possíveis corpos vítimas da chacina familiar que causou repercussão nacional. Nessa quarta-feira (18/1), as equipes encontraram um cadáver do sexo masculino enterrado no quintal da casa onde mãe e filha foram mantidas reféns, no Vale do Sol.
As investigações da Polícia Civil (PCDF) enfraquecem a versão de que Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, e o filho Thiago Belchior, 30, tenham encomendado as mortes e caminham para a hipótese que os assassinatos de cabeleireira Elizamar da Silva, 37; dos filhos dela, Gabriel, 7, e o casal de gêmeos Rafael e Rafaela, 6; de Renata Juliene Belchior, 52; da filha dela, Gabriela Belchior, 25; foram arquitetado e executados por Gideon Menezes, 55, Horácio Carlos, 49, e Fabrício Silva Canhedo, 34, todos presos.
As buscas ocorrem nos lotes onde as famílias moravam. Para auxiliar no serviço, os bombeiros utilizam cães farejadores. A polícia desconfia que mais corpos estejam enterrados em regiões próximas. O número de desaparecidos chega a 10 e, no total, sete cadáveres foram encontrados desde sexta-feira. Ainda não é possível saber as identidades das vítimas, uma vez que os laudos do IML não ficaram prontos.
Corpo
O cadáver encontrado nessa quarta-feira estava enterrado no quintal da mesma casa onde Renata e Gabriela foram mantidas em cárcere. O imóvel, situado no Vale do Sol — entre o Vale do Amanhecer e Arapoanga, em Planaltina —, foi alugado por Horácio há cerca de um mês. Em próprio depoimento, ele confessou a participação nos assassinatos de mãe e filha e confirmou que os corpos carbonizados em uma via de Unaí (MG) são de Renata e Gabriela.
A operação de busca na residência contou com a participação de militares do Corpo de Bombeiros e dois cães farejadores da corporação. Ao chegarem ao local, os bombeiros logo constataram que a terra havia sido mexida em uma parte do canto direito do quintal. “Assim que os cães se aproximaram, mudaram o comportamento e percebemos que havia algo de errado”, afirmou o tenente Marcelo de Abreu, do CBMDF.
As equipes cavaram cerca de 30cm de profundidade e encontraram o cadáver. O corpo apresentava marcas de violência, estava decapitado e sem as mãos e os braços. Peritos criminais e papiloscopistas estiveram no local para colher vestígios. Segundo o tenente, a vítima teria sido morta há cerca de quatro a 10 dias.
Informações: Diário de Pernambuco

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