Pernambuco

Comércio ilegal de cigarros em Pernambuco tem maior queda em seis anos

Com o impacto da pandemia da Covid-19 na economia mundial, o comércio ilegal de cigarros também foi afetado e apresentou diminuição. Ano passado, em Pernambuco, cerca de 36% de todos os cigarros consumidos foram advindos do comércio ilegal, representando a maior queda em seis anos. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), o levantamento do Ipobe Inteligência/Ipec mostra ainda que em 2019, o cigarro ilícito correspondia a 57% do consumo.

De acordo com o presidente do ETCO, Edson Vismona, a diminuição se deu por conta da pandemia da Covid-19 que impactou a economia mundial e também a ilegalidade.

“No caso dos cigarros, nós tivemos o fechamento das fronteiras com o Paraguai, lockdown no Paraguai, fechamento do comércio no Brasil, diminuição da circulação de pessoas e o aumento do dólar. Essas questões resultaram no aumento do preço do produto contrabandeado e ele se aproximou do preço do produto legal”, destacou o presidente.

O custo médio do cigarro do crime no estado de Pernambuco passou de R$3,42 para R$4,54, enquanto o cigarro legal, que é fiscalizado e paga impostos, tem preço mínimo de R$5 por determinação da lei.

“O produto legal paga todos os impostos, enquanto o contrabandeado não paga nada. Eles  têm uma vantagem enorme no preço final apresentado ao fumante, especialmente ao usuário de baixa renda. Com o produto contrabandeado subindo de preço e chegando mais próximo do legal, houve uma migração do produto contrabandeado para o produto legal. A pandemia mostrou que é possível a indústria legal ocupar o espaço do contrabando”, acrescentou Vismona.

 

FolhaPE

 

Deixe seu comentário