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Jovens desempregados geram prejuízo de mais de R$ 10 milhões por fraude em Auxílio Emergencial

A maioria dos criminosos presos pela Polícia Federal de Araçatuba (SP) durante as operações deflagradas para combater fraudes no Auxílio Emergencial é jovem, não estava trabalhando e tem conhecimento em informática, segundo o delegado da PF, Frederico Rezende.

“Para burlar o sistema bancário e os aplicativos, quem realiza esse tipo de crime tem que deter conhecimento em informática. Todos estavam sem emprego e usufruindo de vida fácil, com dinheiro público, em detrimento da parcela da população mais carente e que mais precisava dos valores”, disse o delegado.

As operações “Vida Fácil I e Vida Fácil II” terminaram com 54 mandados de busca e apreensão cumpridos em Araçatuba, Birigui, São José do Rio Preto, Bauru, Marília (SP), Anápolis (GO), Porto de Galinhas (PE) e Maringá (PR). Quinze pessoas foram presas suspeitas de integrar duas quadrilhas especializadas em fraudar o Auxílio Emergencial.

A estimativa é de que os suspeitos tenham gerado prejuízos superiores a R$ 10 milhões aos cofres públicos, mas equipes da Polícia Federal de Araçatuba analisam os materiais apreendidos para chegar ao valor que realmente foi desviado.

De acordo com o delegado Frederico Rezende, parte dos grupos usava dados falsos ou de pessoas que poderiam receber o Auxílio Emergencial para fraudar o sistema, enquanto a outra ficava responsável para sacar o dinheiro diretamente nos bancos.

“São duas organizações que atuavam na fraude bancária, especificamente do Auxílio Emergencial. Em certo momento da investigação, nós identificamos que as organizações se entrelaçavam. Ainda que momentaneamente, os investigados mantinham contatos ou transacionavam com outros”, explicou.

G1

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