Cotidiano

Cuidar dos netos não tem efeito rejuvenescedor, aponta estudo

Muito se fala sobre o “efeito rejuvenescedor” dos netos sobre os avós. Mas uma nova pesquisa europeia sugere que as coisas não são bem assim. Cuidar das crianças pode ser bom, mas talvez seja melhor ainda se não forem suas descendentes.

Muitos estudos vêm apontando vantagens para a saúde mental e física dos idosos que cuidam de seus netos. Mas nenhum investigou esses avós antes e depois do início dessa atividade. Essa é a principal diferença do estudo “Is there a rejuvenating effect of (grand)childcare?”, publicado na semana passada no The Journals of Gerontology.

A pesquisa, que avaliou mais de 7.700 alemães com idades entre 50 e 85 anos, descobriu que cuidar dos netos não fez os avós se sentirem mais jovens do que sua idade real. Foi considerada para a pesquisa, a idade que as pessoas sentem que têm, refletindo seu bem-estar mental e físico.

A pesquisa trouxe, porém, uma descoberta inesperada: idosos que cuidam de crianças pequenas, que não são parentes, podem se sentir mais novos do que aqueles que cuidam dos netos. A justificativa para isso, segundo Bordone disse ao jornal britânico, é que essas crianças não trazem a mesma lembrança da passagem do tempo e da velhice. “Ser avô ou avó é um lembrete poderoso do envelhecimento de uma pessoa e, como tal, é provável que afete a idade subjetiva”, disse ela.