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Custo fiscal do aumento do salário mínimo varia entre R$ 7,7 bi e R$ 17,1 bi

 

A batalha pelo aumento do salário mínimo volta a ganhar espaço dentro do governo, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, — representante da delegação brasileira em Davos para o Fórum Econômico Mundial —, assiste de longe a esse novo velho dilema: manter o equilíbrio das contas públicas ou aumentar a renda da população?

O ministro da Fazenda embarcou para a Suíça defendendo a manutenção do salário mínimo em R$ 1.302, enquanto a ala política do governo sustenta o reajuste do valor para R$ 1.320.

Em meio a essa disputa, o presidente da República se reúne, na quarta-feira (18), com mais de 600 representantes de centrais sindicais no Palácio do Planalto. Essas lideranças apoiam um reajuste ainda mais generoso: para R$ 1.342 a partir de maio.

O especialista em contas públicas Murilo Viana calculou o impacto desses aumentos para os cofres da União. O custo do reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 (aumento real de 2,81%) seria de R$ 7,7 bilhões.

Caso seja feita a vontade dos sindicatos, com reajuste para R$ 1.342 (aumento real de 4,53%), o custo seria de R$ 17,1 bilhões. Para o cálculo, Murilo Viana considerou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 5,93% e o salário mínimo de 2022 de R$ 1.212.

 

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