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Em entrevista, Cleonice Maria fala sobre a possível “incoerência” do PT em Serra Talhada nas eleições 2022

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Serra Talhada Cleonice Maria falou no programa Frequência Democrática com Francys Maya na Rádio Vilabela de Serra Talhada sobre o cenário atual nas eleições 2022 e algumas incoerências que tem ocorrido dentro do partido local. 

Sobre a coordenação de Márcia Conrado na campanha de Lula no Sertão – compromisso já firmado por Teresa Leitão, Humberto Costa  e  o próprio presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Doriel Barros – Cleonice declarou que ficará delicado caso Márcia apoie a candidatura de Raquel Lyra e que o diretório local poderá até ir de encontro a coordenação de Márcia junto ao diretório estadual caso, sinta-se prejudicado. “Porém, até hoje a gente não está tendo nenhum problema com relação a isto,”  falou ela. Até agora ainda não há nenhum pronunciamento de Márcia Conrado sobre o assunto mas, o seu vice, Márcio Oliveira já declarou apoio a Raquel. 

Cleonice Maria foi indagada por Francys Maya se no primeiro turno, o PT de Serra Talhada seguiu Márcia Conrado na decisão de Lula e do PT estadual em apoiar a candidatura de Danilo Cabral (PSB): 

“Como corrente (dentro do PT), a gente tinha uma decisão que era não fazer a campanha de Danilo,” declarou ela. 

Então, vocês não acompanharam a prefeita no apoio a Danilo? 

“Não e ela sabia disto, cravou Cleonice, que disse ter afirmado que não subiria noutro palanque e teria respeitado a coordenação de Márcia no sertão. Sobre o seu voto em Marília no primeiro turno, divergindo do partido, Clenice foi enfática: “o voto é secreto.”

Maya prosseguiu: Pelo fato de Márcia ter deixado esta ala do PT à vontade para escolher como seguiria no primeiro turno, não é estranho agora o partido dos trabalhadores ou a sua corrente dentro do partido tentar fazer algum tipo de pressão na prefeita Márcia Conrado pra ela vir apoiar Marília Arraes? Se ela não apoiar, teria o entendimento de vocês já que no primeiro turno ela entendeu o posicionamento que vocês queriam?

“Nós estamos vivendo um momento diferente. Primeiro turno é uma eleição, segundo turno é uma outra eleição. Nós hoje temos duas candidaturas que estão postas no estado de Pernambuco: a candidatura de Lula e a candidatura de Bolsonaro. Nós temos duas candidatas a governador que estão muito distintas: uma é a candidata Marília Arraes que está com Lula – desde o primeiro turno, inclusive – a outra é Raquel Lyra que no palanque dela você não ver ninguém que faz parte da esquerda de Pernambuco. No palanque de Raquel você só ver os bolsonaristas… então, eu vejo como uma situação diferente. Agora uma coisa precisa ficar clara, nós não estamos fazendo pressão na prefeita, não. O que a gente está dizendo e deixando bem claro é que nós temos uma posição tomada pelo diretório nacional e estadual do partido e local. E nós vamos está no palanque de Lula e o palanque de Lula é o palanque de Marília Arraes.”

Cleonice ainda criticou a neutralidade até este momento de Raquel Lyra no segundo turno: “ela tem que ter lado.” 

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