Empresa quer abandonar no mar navio porta-aviões impedido de atracar em PE desde outubro por conter substância tóxica
A empresa responsável pelo ex-porta-aviões São Paulo quer abandonar o navio no mar, após meses de disputa judicial tentando fazer uma atracação forçada da embarcação em Pernambuco. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que notificou a empresa por risco de cometer infração ambiental.
O governo de Pernambuco é contra o recebimento do casco por causa do risco ambiental porque contém uma carga de amianto, substância tóxica e cancerígena. No fim de dezembro de 2022, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) negou um pedido da empresa para autorizar que o navio atraque no Porto de Suape, no Grande Recife.
Na terça-feira (10), o Ibama recebeu notificação da empresa, informando sobre a intenção de “abandonar definitivamente” o porta-aviões. Atualmente, o navio é rebocado por outra embarcação em águas jurisdicionais brasileiras, nas imediações do litoral de Pernambuco.
O Ibama afirmou que, nas condições atuais do casco, que tem graves avarias, “é imperiosa sua atracação para reparos para evitar afundamento e consequentes danos ambientais”.
Diante do comunicado da empresa, o Ibama disse que vai adotar as medidas cabíveis, incluindo notificação determinando o não abandono do navio, sob pena de cometimento de infração ambiental.
G1 Pernambuco