Ex-reitora da UFRPE e Pré-candidata a deputada federal, diz que sem suplementação universidades podem parar em Setembro deste ano
A professora universitária Maria José de Sena, reitora da UFRPE entre 2012 e 2020, revelou durante entrevista ao radialista Anderson Tennens, no programa A Voz da Notícia na Rádio Vilabela FM, nesta quinta-feira, 12, que as universidades podem parar em setembro se não houver suplementação financeira.
“Vivenciamos quatro anos de desconstrução de tudo aquilo que vivemos anteriormente, então eu te confesso que nós da educação temos uma sede muito grande de ver tudo isso mudar, nós estamos realmente querendo o fim de tudo isso, porque não vamos aguentar mais! As universidades hoje, para se ter uma ideia, se não houver uma suplementação dos 30% do corte que nós tivemos este ano, nós não vamos sobreviver, vamos parar em setembro”. Afirmou a ex-reitora, complementando: “Esse governo pra gente, foi assim, o pior cenário que a educação brasileira já passou. Estamos falando do ensino superior, técnico e tecnológico, mas a educação como um todo também está sofrendo”. Diz ela.
UAST-UFRPE
Sobre a escolha de Serra Talhada para a implantação da Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST, ligada à UFRPE, Maria José de Sena, que participou em 2003 de todo o processo, disse que não houve ingerência política sobre a escolha da cidade para receber a unidade educacional.
“Não houve influência política, foi decisão da gestão, viemos para cá por conta da decisão da gestão, nós já estávamos aqui desde 1970 com a nossa estação experimental e entendíamos que o sertão precisava de uma universidade pública federal. A gente escolhia para onde a gente queria ir, então escolhemos ir para o agreste meridional, para Garanhuns e vir para o sertão, para Serra Talhada”. Disse Maria José ao ser questionada.
ELEIÇÕES
Este ano é ano de eleições e a Ex-reitora da UFRPE é pré-candidata a deputada federal pelo PSB. Maria José de Sena disse que a falta de investimento na educação, motivou ela a colocar o seu nome como opção para à câmara federal.
“Foi determinante sim (a situação da educação) não só eu, nós estamos em um movimento nacional, são 7 ex-reitores que agora estão se integrando ao nosso movimento e outras pessoas da educação, que dispuseram seus nomes para pré-candidatura e nós estamos sim tentando uma vaga no parlamento, porque queremos fazer ali, no congresso nacional, uma bancada em defesa da educação, da ciência, tecnologia e inovação”.