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Guedes confirma que o auxílio emergencial será renovado ‘por dois ou três meses’

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta terça-feira, 8, que o auxílio emergencial será renovado “por dois ou três meses”. O benefício foi reeditado em abril com previsão de encerrar em julho. Com a nova prorrogação, as parcelas poderão ser pagas até outubro. “Os governadores estão dizendo que em dois ou três meses a população adulta vai estar toda vacinada, então vamos renovar por dois ou três meses o auxílio”, afirmou.

Em participação em evento da Frente Parlamentar do Setor de Serviços, o chefe da equipe econômica disse que o fim da parcelas coincidirá com o lançamento de novo Bolsa Família. Guedes não informou se a extensão manterá o mesmo valor das parcelas e o número de beneficiados. Atualmente, o auxílio emergencial conta com mensalidade média de R$ 250, abrangendo cerca de 40 milhões de família.

O ministro também não detalhou o custo da nova rodada. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial liberou R$ 44 bilhões para o pagamento das parcelas entre abril e julho — cerca de R$ 11 bilhões por mês. A extensão do benefício aos mais vulneráveis já era discutida em Brasília desde a piora da pandemia do novo coronavírus. Segundo pessoas próximas ao assunto, a origem da verba para a nova rodada é o principal ponto de impasse. Membros do governo também defendem que os esforços sejam voltados para o novo Bolsa Família, e não em uma solução temporária como a prorrogação do benefício.

O discurso de focar os trabalhos para apresentar uma medida duradoura é compartilhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar afirmou nessa segunda-feira, 7, que não apoia a extensão do auxílio emergencial e defendeu a criação de um novo programa social antes do fim do benefício pago pelo governo aos mais vulneráveis. Segundo o parlamentar, a nova iniciativa deve ser mais ampla que o Bolsa Família e ainda respeitar a regra do teto de gastos.

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