IBGE aponta PE com pior desempenho no setor de serviços em todo o Brasil em maio
Em maio de 2022, Pernambuco teve o pior desempenho em todo o país no setor de serviços. É o que aponta uma pesquisa divulgada, nessa terça (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram obtidos a partir da comparação com estatísticas de abril deste ano.
Segundo a instituição, o volume de serviços no estado caiu 3,1%. O resultado vai na contramão da tendência observada no Brasil, em que mostra uma alta de 0,9%. No âmbito nacional, maio teve o terceiro resultado positivo do setor nos últimos quatro meses.
De acordo com a gerente de Planejamento e Gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, esse recuo em maio de 2022 pode ser explicado a partir da comparação com a base de cálculo de meses anteriores, como abril e março.
Ela explicou que março de 2022 marcou a retomada de serviços, diante da melhora das condições da pandemia.
“Em abril , houve uma queda e maio consolidou essa redução da atividade. Faltou fôlego para esse setor da economia”, comentou.
Ao analisar os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, o IBGE informa que os números negativos de maio em comparação a abril contrastam com o desempenho do estado em outros itens pesquisa.
Na comparação entre maio de 2022 e o mesmo período do ano passado, por exemplo, o estado teve avanço de 8,9% no setor de serviços. Isso significa um pouco menos do que o percentual do país, que teve 9,2%.
No acumulado do ano, disse o IBGE, o aumento foi de 14,3%. Com isso, Pernambuco ocupou o sexto lugar no ranking nacional.
O Brasil também teve índices positivos (9,4%), mas em menor intensidade. No acumulado dos últimos 12 meses, o estado teve alta de 15,5%, ficando acima da média brasileira (11,7%).
Detalhes
Pelo terceiro mês consecutivo, a categoria serviços prestados às famílias teve a maior alta entre as cinco atividades abrangidas pela pesquisa. Esse índice chegou as de 30,2%, na comparação entre maio de 2022 e o mesmo mês de 2021.
A categoria inclui, por exemplo, hotéis, bares, academias e salões de beleza, negócios mais dependentes do atendimento presencial.
Em segundo lugar, ficaram os serviços profissionais, administrativos e complementares, com 15,7%. Na sequência, apareceram transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,4%), outros serviços (1,2%) e serviços de informação e comunicação (1%).
Na variação acumulada do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, as posições se mantiveram: serviços prestados às famílias também ficou na liderança, com aumento de 29,2%.
Em segundo lugar ficou a categoria de serviços profissionais, administrativos e complementares (19,3%), seguido por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (17,1%), outros serviços (12,5%) e serviços de informação e comunicação (1%).
No acumulado dos últimos 12 meses, as três primeiras posições continuaram com serviços prestados às famílias (48,7%), serviços profissionais, administrativos e complementares (17,6%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (16,4%).
Nesse item da pesquisa, a categoria serviços de informação e comunicação ficaram em quarto lugar (4,1%). A última posição ficou com a categoria outros serviços (3,7%).
A classificação engloba, por exemplo, a compra, venda e aluguel de imóveis, atividades de apoio à agricultura, à pecuária e gestão de resíduos sólidos.
Turismo
O índice de volume de atividades turísticas, que também faz parte da Pesquisa Mensal de Serviços, teve queda de 2,4% em maio na comparação com abril. Isso representa o sexto pior resultado entre os 12 estados pesquisados.
No Brasil, a alta foi de 2,6%. Ceará e Bahia, os outros dois estados nordestinos presentes no levantamento, tiveram alta de 2,3% e 1,5%, respectivamente.
Na comparação de maio de 2022 com o mesmo período do ano passado, a alta de Pernambuco foi de 25,2%, também inferior à do Brasil (45,6%), à da Bahia (45,8%) e do Ceará (69,6%).
Na variação acumulada do ano, o aumento para o estado foi de 38,3%, também abaixo do nacional (50,2%).
No acumulado dos últimos 12 meses, Pernambuco teve desempenho superior, com avanço de 55,5%, superior ao brasileiro como um todo (47%).