Investigação de cota de gênero estremece cenário político de Serra Talhada
O cenário político de Serra Talhada (PE), Sertão do Pajeú, foi sacudido por uma polêmica nesta semana. O motivo é uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que denuncia candidatura fictícia na cota de gênero do partido Solidariedade, cujo presidente local é o médico Waldir Tenório Júnior. O assunto dominou os meios de comunicação da cidade, no dia de ontem (27), com a denúncia protocolada pela coligação ‘Por Amor à Serra Talhada’, do ex-candidato Miguel Duque, e pelo ex-vereador Evandro de Souza Lima – o ‘Vandinho da Saúde’.
A Justiça em primeira instância, já ouviu a alegação de cada uma das partes. Após essa etapa, os autores da denúncia solicitaram a ouvida de testemunhas no caso. No parecer judicial houve uma negativa da necessidade de audiência de instrução para as oitivas diante as provas documentais apresentadas.
No entanto, o juiz responsável pelo caso acionou ontem o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para que o órgão opine sobre a AIJE da cota de gênero do Solidariedade. A Promotoria informou que preferia realizar as oitivas das testemunhas, entre elas Waldir Tenório, a vereadora Juliana Tenório e as demais pessoas investigadas ligadas ao Solidariedade. O MPPE requereu a realização da audiência de instrução para ouvir as testemunhas e assim poder opinar sobre a denúncia remetendo, posteriormente, ao magistrado responsável pela decisão final.
Em caso de procedência da ação judicial, ocorrerá a derrubada de toda a chapa do Solidariedade (inclusive da vereadora eleita Juliana Tenório), a recontagem dos votos para vereador das eleições 2024 em Serra Talhada, o recálculo do coeficiente eleitoral e partidário e a inelegibilidade por 8 anos de Waldir Tenório, da então candidata eleita Juliana Tenório e das candidatas não eleitas Jéssica Bianca e Michele Barros. O clima na cidade é de grande expectativa pelo desfecho desse enredo.
