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Metade dos pacientes de Covid-19 têm sequelas que podem durar mais de um ano, diz estudo da Fiocruz

Uma pesquisa inédita realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, em Minas Gerais (Fiocruz Minas), aponta que metade das pessoas diagnosticadas com Covid-19 apresenta sintomas relacionados à infecção por um período que ultrapassa um ano. A pesquisa foi publicada nesta semana no periódico “Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene”. As informações são do O Globo.

A instituição acompanhou 646 pacientes, com idades entre 18 e 91 anos, de ambos os sexos. A pesquisa mostra que a vasta maioria dos envolvidos não tinha tomado vacinas antes da análise. Do estudo, apenas cinco tinham completado o esquema de vacinação antes da análise.

Do grupo total, 324 (50,2%) apresentaram sequelas da infecção pelo coronavírus no período de 14 meses após o diagnóstico. Para avaliar o quadro de saúde desses pacientes, a instituição se valeu de uma lista com 23 sintomas para classificar o que pode estar envolvido com a doença tanto tempo após seu diagnóstico. Tratam-se de quadros que a Organização Mundial da Saúde (OMS) caracteriza como “Covid longa”. Em casos assim, os sintomas relacionados à infecção são percebidos três meses após o contato com a doença e perduram por, pelo menos, dois meses.

No caso do estudo da Fiocruz, o problema mais comum entre os pacientes avaliados é a fadiga, com 35,6% dos participantes relatando problemas relacionados. A tosse persistente aparece logo depois (34%). Um quarto dos participantes (26,5%) relatam a preocupante dificuldade para respirar, outros 20,1% perderam olfato ou paladar; há ainda quem note dor de cabeça frequente, 17,3%. Vale dizer: os pacientes podem relatar mais de um sintoma por vez.

Outras doenças graves também foram detectadas nesse grupo: a trombose, por exemplo, foi diagnosticada em 20 pacientes avaliados pela Fiocruz Minas. Uma taxa que corresponde a 6,2% das pessoas entrevistadas para o estudo.