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Parkinson: doença pode estar associada a bactéria aquática comum, revela novo estudo

A doença de Parkinson é causada pela morte de células do cérebro numa região chamada de substância negra que são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que atua na comunicação entre os neurônios. Sabe-se que essa degeneração pode ser consequente de um acúmulo de proteínas no órgão, porém cientistas ainda buscam identificar quais são os fatores exatos que levam a essa falha em primeiro lugar. Isso porque é pequeno o percentual dos casos que são associados à genética.

Diversos trabalhos recentes têm encontrado ligações entre alterações na microbiota, população de microrganismos que vivem no intestino, e o diagnóstico. Agora, um novo estudo, publicado na revista científica Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, defende que determinadas cepas da Desulfovibrio (DSV), uma bactéria encontrada em ambientes aquáticos com altos níveis de material orgânico, podem estar envolvidas nos mecanismos que causam a doença.

Os cientistas das universidades de Helsinque e do Leste da Finlândia, responsáveis pela pesquisa, identificaram uma possível relação com a bactéria ainda em 2021, mostrando que não apenas o microrganismo era mais prevalente em pacientes com Parkinson, como também influenciava a gravidade do quadro a depender da sua concentração.

No novo trabalho, eles realizaram experimentos iniciais com vermes para simular se o microrganismo provoca de fato o acúmulo da alfa-sinucleína, proteína que se acumula no cérebro de indivíduos com Parkinson. Embora seja um estudo pequeno, os resultados iniciais indicam que as cepas da bactéria Desulfovibrio podem ser um dos gatilhos para a formação das placas da proteína.

Via Folha de PE