Preço das Carnes Sobe em Outubro, e Cerveja Também Deve Ficar Mais Cara
Do G1 – O preço das carnes teve uma alta de 5,8% em outubro em comparação a setembro, tornando-se o principal impacto da inflação de alimentos no mês passado, que foi de 1%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8). Entre os cortes que mais subiram estão o acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Esse aumento fez a inflação de alimentação no domicílio saltar de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Em apenas dois meses, as carnes acumulam alta de 8,95%.
Cerveja Pode Ficar Mais Cara
Outro produto que deve ter aumento nos próximos meses é a cerveja. Segundo uma pesquisa da Brazil Panels em parceria com a Agência Conexão Vasques, 61% dos brasileiros acima de 18 anos consomem a bebida, sendo que 32,8% desses consumidores a consomem pelo menos uma vez por semana. Claudio Vasques, presidente da Brazil Panels, aponta que o mercado brasileiro de cervejas é dinâmico, com maior atenção ao sabor nas classes mais altas e maior sensibilidade ao preço nas classes mais baixas. A Euromonitor International estima uma alta de 0,8% no consumo de cerveja para este ano, após uma leve queda de 1,1% em 2023.
Desafios no Setor de Bebidas com Aumento de Custos
Especialistas apontam que, apesar do crescimento no consumo, os preços da cerveja devem subir devido ao aumento no custo de insumos como lúpulo e cevada. O Brasil, embora seja um dos maiores produtores de cevada, reduziu sua área plantada em 2024, com uma queda projetada de 11,5% na área cultivada. Já a produção de cevada caiu 8,1% em setembro em relação a agosto. A situação do lúpulo também é complicada, com uma redução de 18% na área cultivada nos Estados Unidos, maior produtor mundial do insumo.
Outro fator que pode influenciar o custo da cerveja é a alta do dólar, que pode ser impactada pelas eleições norte-americanas. Mesmo com esses desafios, Rodrigo de Mattos, consultor de pesquisas da Euromonitor, acredita que a cerveja continua sendo uma categoria resiliente e com previsão de crescimento no consumo para 2024.