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Transtorno bipolar em homens e mulheres; veja detalhes

O transtorno bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo e está entre as 10 principais de incapacidade em adultos jovens, de acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Alem disso, as taxas de suicídio em pacientes com bipolaridade são de 7,8% em homens e de 4,9% em mulheres.
Assim, mesmo sendo comum em ambos os sexos, uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Psychiatry mostrou que cerca de três vezes mais mulheres do que homens passam por um ciclo rápido do transtorno, podendo  ter mais episódios depressivos e episódios mistos. Este transtorno atinge 4% da população, conforme a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB). Aparece mais em meninas do que em meninos. Eles costumam receber o diagnóstico mais cedo do que as meninas, pois elas podem ter a bipolaridade confundida com depressão unipolar. Se o transtorno inicia por volta do início da adolescência da jovem, os pais podem pensar que ela só está tendo problemas por causa das mudanças hormonais ou porque garotas costumam ser mais sensíveis. Desta forma, o transtorno bipolar se caracteriza por episódios de depressão e de mania que, em geral, se iniciam na adolescência ou no início da vida adulta.
Durante um episódio maníaco, o indivíduo apresenta autoestima inflada, redução da quantidade de sono e agitação, pode ficar mais falante que o habitual e com dificuldade de manter o foco nas atividades. Já no episódio hipomaníaco, o indivíduo apresenta sintomas similares, de forma menos grave e mais breve. No momento depressivo, há um humor deprimido na maior parte do dia, desinteresse nas atividades diárias, perda ou ganho de peso, insônia ou aumento da quantidade de sono, culpa excessiva, ideação suicida, entre outros. Existem dois tipos mais comuns e conhecidos de transtorno bipolar e cada  um deles é determinado pelo padrão de sintomas, que variam bastante de pessoa para pessoa, além de mudar também na mesma pessoa ao longo do tempo. O diagnóstico do tipo 1 se dá em casos em que o paciente já tenha passado por um ou mais episódios de mania, podendo ter experienciado também episódios depressivos. Já o tipo 2 requer um ou mais episódios de depressão e um ou mais episódios de hipomania, porém sem a presença de mania.
As alterações de humor presentes no transtorno bipolar não são falhas de caráter do paciente. Elas resultam de mudanças biológicas em áreas do cérebro que controlam o humor. Como é muito confundido com outras doenças como ansiedade, depressão ou transtorno de personalidade borderline, seu diagnóstico pode demorar para ser feito. Há um atraso médio de dez anos entre os primeiros sintomas e o diagnóstico formal e apenas 20% dos pacientes, que estão vivenciando um episódio depressivo bipolar, são diagnosticados corretamente no primeiro ano em que buscam tratamento. Algumas características dos episódios:
•Não consegue falar tudo que vem a mente ao mesmo tempo, com aumento do fluxo de ideias
•Desatenção
•Fazer várias coisas ao mesmo tempo e não conseguir terminar nenhuma
•Autoconfiança e otimismo extremos, com sentimentos megalomaníacos de poder, influência, inteligência, riqueza e capacidade, inclusive com dons especiais
•Aumento da libido
•Episódios em que trabalha mais que o normal;
•Realização de exercícios físicos mais que o habitual
•Gasta mais
• Bebe mais
O tratamento costuma ser necessário por toda a vida e geralmente envolve uma combinação de medicamentos e psicoterapia.

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