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Consumo das Famílias pernambucanas cai 3% no mês de março

O Índice de Consumo das Famílias (ICF) de Pernambuco, caiu 3% em março de 2024, impulsionado pela atual situação do emprego, que registrou queda de 2%, sugerindo uma possível desaceleração no mercado de trabalho. Este movimento se mostra sazonal, ocorrendo sempre no primeiro trimestre do ano, quando há desligamento dos empregos temporários conquistados durante as festividades de Final de Ano. A pesquisa, mensalmente elaborada pela CNC, ainda mostrou que houve quedas nas avaliações de emprego, renda, acesso ao crédito, consumo, perspectivas de consumo e momento na aquisição para bens duráveis no estado, mostrado no  recorte especial feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE). 

A avaliação da renda atual teve uma redução de 2,4%, possivelmente enfraquecendo o poder de compra dos consumidores. Além disso, o acesso ao crédito também sofreu um recuo de 2,4%, sugerindo uma maior cautela dos consumidores ao assumir novas dívidas. Isso pode afetar o consumo e ajuda a entender a queda do endividamento, já revelado na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Peic/CNC).

Observou-se uma queda de 5,4% no índice geral do nível de consumo atual, refletindo uma menor confiança dos consumidores e uma disposição reduzida para gastos. Da mesma forma, a perspectiva de consumo também diminuiu, com o índice geral caindo 3,5%, indicando expectativas mais conservadoras em relação aos gastos futuros.

Por fim, o índice geral do momento para aquisição de bens duráveis, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, apresentou queda de 9%, sugerindo uma postergação nas decisões de compra desses itens por parte dos consumidores.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a queda do ICF em março é reflexo da menor oferta de crédito e da desaceleração do mercado de trabalho. “Essas duas condições vêm enfraquecendo o consumo nos últimos meses. No entanto, a intenção de compra permanece melhor do que em anos anteriores e em nível satisfatório”, destaca Tadros.

“A queda nos índices de consumo das famílias reflete um momento de cautela por parte dos consumidores. Isso significa que as famílias estão se mostrando mais prudentes em seus gastos e estão adiando decisões de compra importantes, como aquisição de bens duráveis, especialmente em um período quando é comum a redução de empregos temporários”, afirma o economista da Fecomércio PE, Rafael Lima. 

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