Alepe instala CPI da Publicidade em sessão conturbada; Diogo Moraes será presidente

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instalou, na manhã desta terça-feira (19), a CPI que vai investigar contratos supostamente irregulares do governo do Estado com uma agência de publicidade.
Em uma sessão conturbada, foram eleitos Diogo Moraes (PSDB) como presidente da CPI; Antônio Coelho (União Brasil) como vice-presidente; e Waldemar Borges (MDB) como relator, todos de oposição ao governo Raquel Lyra.
Deputados da base aliada de Raquel abandonaram a sessão antes do início da votação, em protesto contra a forma como foi instalada a comissão e apontando possíveis “vícios de irregularidade”.
O imbróglio começou quando o deputado governista Wanderson Florêncio (Solidariedade) questionou a troca partidária dos deputados Diogo Moraes, Waldemar Borges e Júnior Matuto, ocorrida na véspera da formação da CPI.
Os três parlamentares, então filiados ao PSB, migraram para o PSDB, MDB e PRD, respectivamente, todos de oposição ao governo Raquel. O objetivo foi aumentar a representatividade das siglas e inverter a composição da CPI para uma maioria oposicionista.
Contudo, segundo os aliados da governadora, a troca partidária dos parlamentares ainda não estava registrada no Tribunal Superior Eleitoral durante a instalação da CPI, o que, segundo eles, impediria a participação dos parlamentares na comissão.
“Isso causa insegurança jurídica. A composição partidária não foi comprovada, e não seria razoável iniciarmos uma comissão sem a devida comprovação”, alegou o deputado Renato Antunes (PL), que solicitou o adiamento do início da CPI.
Como exemplo, a deputada Débora Almeida (PSDB) mostrou um registro de que o deputado Diogo Moraes ainda estava filiado ao PSB no sistema do TSE na madrugada desta quinta-feira, contestando a participação dele no grupo.
DO NE10