52% dos chamados da Central de Regulação do SAMU em Serra Talhada não são urgências
Em entrevista ao Frequência Democrática, na rádio Vilabela FM, nesta sexta-feira (14), o coordenador regional de enfermagem do SAMU 192, Herbet Inácio, afirmou que a maioria dos chamados realizados pela população da 3ª macrorregião com Central de Regulação sediada em Serra Talhada não são para casos de urgência, como o sistema se propõe a atender.
Segundo Herbet, 52% das demandas são de pessoas que apresentam sintomas leves e que poderiam ser deslocados até a unidade hospitalar pelos seus familiares. Ainda de acordo com o coordenador, esse tipo de atitude pode prejudicar o atendimento a ocorrências realmente urgentes, que necessitam das unidades móveis hospitalares da central.
Uma queda da própria altura na qual a pessoa não consegue levantar, um acidente numa obra, um acidente de trânsito, um idoso que está desacordado, são exemplos de ocorrências em que o SAMU deve ser acionado, é o que explica o coordenador.
“Existe caso clínico que requer a intervenção médica, a intervenção imediata, no caso da diabetes, em idosos principalmente, e a gente precisamente realmente intervir. A população deve chamar sim. O SAMU está preparado para isso”, afirmou Herbet.
Outro informação destacada durante a entrevista foi o número de trotes que a central tem registrado. Desde o início das atividades, em outubro de 2021, a macrorregião tem recebido pelo menos 82 chamados falsos todos os meses.
“Essa educação precisa começar de dentro de casa. Isso não só para o SAMU, mas para a polícia, para o Corpo de Bombeiros. São números que requerem chamadas que hajam necessidade, são números de urgência e emergência”, disse Herbet Inácio.