Disputa por Marca: Ivete Sangalo e Grupo Clareou em Confronto Judicial
A cantora Ivete Sangalo e o Grupo Clareou estão no centro de uma polêmica envolvendo o uso da palavra “clareou” na nova turnê da artista baiana. Enquanto a banda de pagode acusa Ivete de uso indevido da marca, a equipe da cantora defende a legitimidade do nome, apontando diferenças no registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A turnê “Ivete Clareou” foi anunciada em junho deste ano, com o intuito de celebrar o samba e homenagear a sambista Clara Nunes. Segundo Ivete, o nome “clareou” é uma referência direta à inspiração da homenagem. Por outro lado, o Grupo Clareou, formado no Rio de Janeiro desde 2009 e com forte presença nas redes sociais e colaborações importantes no cenário do pagode, afirma que a palavra “clareou” é parte de sua marca registrada desde 2010 no INPI.
A polêmica ganhou força logo após o início das vendas dos ingressos, quando o Grupo Clareou emitiu comunicado alegando uso indevido da marca pela cantora, sem autorização prévia. Em resposta, a Super Sounds, empresa responsável pela turnê de Ivete, esclareceu que a marca registrada pela banda é “Grupo Clareou” e não somente “Clareou”, além de informar que buscou diálogo com o grupo para evitar conflitos, mas desistiu diante de propostas consideradas “astronômicas”.
Especialistas em propriedade intelectual, como o advogado Caio Guimarães, avaliam que o uso da palavra “clareou” pela cantora não configura infração, reforçando que o registro da banda é específico para “Grupo Clareou”.
