Os jogadores da seleção brasileira já sinalizaram para a CBF a decisão de que irão atuar na Copa América. Mas farão um manifesto com crítica à realização do torneio no Brasil. O afastamento do presidente da confederação, Rogério Caboclo — denunciado por assédio sexual —, reduziu a tensão entre o time e a cúpula da entidade. Pesou também na decisão deles que dirigentes garantiram ao técnico Tite sua permanência.
Desde a saída de Caboclo, dirigentes da CBF têm trabalhado para desanuviar o ambiente com os atletas. O novo mandatário é o Coronel Nunes, vice-presidente mais velho. Na prática, um grupo de vices e diretores tem atuado no comando da entidade.
Neste sentido, a primeira meta era garantir a permanência de Tite como técnico e acabar com a insegurança no campo. A diretoria remanescente na CBF tratou de lidar diretamente com o treinador para reforçar o compromisso pela continuidade no trabalho e, ao mesmo tempo, tirar dele a desconfiança gerada pela condução da CBF com Rogério Caboclo.
O coordenador de seleções, Juninho Paulista, também foi acionado para contornar a história. Amanhã (8), o time volta a campo ainda pelas Eliminatórias da Copa do Mundo para enfrentar o Paraguai, em Assunção. Em reunião na tarde de hoje, a CBF vai decidir se outro membro da diretoria irá ao Paraguai para o jogo.