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COVID-19: PE anuncia 4ª dose da vacina e reduz para quatro meses prazo para dose de reforço

O governo de Pernambuco anunciou a redução de cinco para quatro meses do prazo para a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, e a aplicação de uma quarta dose para imunossuprimidos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20), depois que o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com essas mudanças.

Em coletiva de imprensa realizada na sede da Secretaria Estadual de Saúde, em Recife, o secretário André Longo afirmou que as mudanças foram pactuadas com os municípios durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

“Atualmente nossa cobertura da dose de reforço acima dos 60 [anos] é de 59,8%. Nessa mesma faixa etária, o percentual de segunda dose ultrapassou em 100%. Isso não significa que todos tomaram a primeira dose, porque nós trabalhamos com dados estimados, estimativas populacionais. Precisamos buscar a meta de dose de reforço”, declarou.

O intervalo para pessoas com algum grau de imunossupressão receberem a quarta dose da vacinação contra a Covid-19 também é de quatro meses, mas a partir da aplicação da terceira dose. Segundo o Ministério da Saúde, os imunossuprimidos são pessoas nas seguintes condições:

  • Portadores de imunodeficiência primária grave;
  • Quem está fazendo quimioterapia para câncer;
  • Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) uso de drogas imunossupressoras;
  • Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
  • Pacientes em uso de corticoides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias;
  • Pessoas que usam drogas modificadoras da resposta imune (o Ministério da Saúde divulga uma tabela com essas medicações);
  • Pacientes com condições auto inflamatórias e doenças intestinais inflamatórias;
  • Pacientes em hemodiálise;
  • Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas

O médico Demétrius Montenegro, chefe do setor de infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, afirmou que a dose de reforço não é importante somente para as pessoas consideradas do grupo de risco para agravamento da Covid-19. Em vez disso, toda a população deve ter acesso ao esquema.

“Pela velocidade de transmissão que a [variante] ômicron tem, temos que esperar o que aconteceu com a gama, que se tornou a variante prevalente no Brasil. Os estudos mais recentes mostram que é preciso a terceira dose. Não só para os idosos, mas para qualquer pessoa. A vacina está aí, está disponível e as pessoas precisam tomar essa vacina”, afirmou.

 

G1

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