Brasil

Lula admite erro do seu governo nos ataques em Brasília; quem será punido?


O presidente Lula admitiu o erro de José Múcio, ministro da Defesa, ao monitorar ataques, mas negou que irá demitir o ministro porque não vai dispensar “ninguém no primeiro erro”.

A responsabilização por omissão ou “erro” levou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes a determinar a prisão do ex-ministro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres.

Em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira (12) em Brasília, o presidente afirmou que não decretou uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) diante dos atos de domingo (8) em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas por  “desconfiança” sobre a postura dos militares. O evento não foi gravado ou filmado.

Ainda sobre a responsabilidade do governo Lula, o deputado Evair de Melo (PP-ES), quer a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) “para investigar as responsabilidades” do ministro da Justiça, Flávio Dino, no 8 de Janeiro.

Segundo o documento, Dino “teve ciência prévia e privilegiada” a respeito dos atos de vandalismo que se deram no domingo (8.jan) na praça dos Três Poderes, em Brasília. Na ocasião, extremistas de direita invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal).

Evair de Melo também afirma no requerimento que “há indícios” de que o ministro da Justiça teria conhecimento das manifestações que seriam realizadas em Brasília em 8 de janeiro, mas “nada fez para intervir em tempo hábil”.

Citou, por exemplo, os alertas emitidos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), com base em monitoramentos da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), na semana anterior ao 8 de Janeiro.

“É imperioso afirmar que o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sabia que as manifestações aconteceriam, mas nada fez para impedir a entrada de manifestantes na Esplanada dos Ministérios e tampouco determinou ou verificou se haveria aparato policial suficiente para conter os manifestantes”, diz o documento. Com informações da CNN/Poder 360

Deixe seu comentário