Saúde

Abuso de remédios para inflamações traz riscos à saúde, revelam estudos

Novos estudos que ampliam o conhecimento sobre a importância da inflamação na defesa do organismo, no reparo de tecidos, no funcionamento do cérebro e em muitos outros processos vitais, como o Estadão mostrou no sábado, também despertam a discussão sobre os riscos do consumo abusivo de medicamentos.

“O uso excessivo de anti-inflamatórios pode ter duas consequências negativas. Além de perturbar a homeostase (a manutenção do equilíbrio fisiológico do organismo), pode comprometer a defesa contra infecções e até contra alguns tipos de tumor”, disse o imunologista Ruslan Medzhitov, professor da Universidade Yale (EUA), ao Estadão. Em uma edição especial a respeito do papel da inflamação, publicada recentemente pela revista Science, ele propõe uma visão expandida sobre o tema.

Segundo Medzhitov, estudos recentes têm demonstrado que anti-inflamatórios não esteroides (como o ácido acetilsalicílico e o ibuprofeno) podem causar úlceras no intestino e até reduzir o efeito positivo dos exercícios físicos, se usados em altas doses e por longos períodos. A automedicação, prática comum no Brasil, complica o problema.

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