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Cresce a incidência de câncer de mama em mulheres mais jovens; entenda por que isso acontece

 

Não é à toa que o mês de outubro é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de mama — o tipo mais comum do mundo desde 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de dois milhões de diagnósticos, representando 11,7% do total. Sendo o quinto tipo de câncer que mais mata, sobretudo mulheres, o câncer de mama ainda acomete cerca de 1% dos homens.

O ritmo de crescimento da doença tem indicado uma mudança de perfil. Antes raro, a sua incidência em mulheres mais jovens tem se tornado mais comum, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia.

Mastologista do Hospital Jayme da Fonte, Isabella Figueirêdo explica que alguns fatores comportamentais podem justificar essa tendência. “Mulheres tendo filhos após os 30 anos, redução do número de filhos, pouca ou nenhuma amamentação, obesidade e uma maior exposição hormonal são as causas que podem estar relacionadas a isso”, citou a especialista.

Como a incidência em mulheres jovens tem crescido, essa prevenção precoce tende a ser a recomendação para todas as mulheres, e não apenas para as que têm histórico de câncer hereditário.

A mastologista explica que a mamografia consegue rastrear a presença de lesões, nódulos e até assimetrias, antes mesmo de eles apresentarem sinais externos. “Quando o câncer é percebido através de sinais dados pelo corpo, significa que ele está em um estágio avanaçado”, alertou. Dentre os principais sinais, estão vermelhidão na pele e rigidez ou sangramentos no mamilo, além da presença de nódulos tanto nos seios quanto nas axilas.

Hábitos que ajudam
Não existe uma fórmula para impedir o aparecimento da doença, mas existem hábitos que podem minimizar os riscos. A adoção de um estilo de vida saudável é o que a medicina chama de prevenção primária.

Início do rastreio
A mamografia é o jeito mais eficaz de detectar o problema. Via de regra, o exame deve ser realizado anualmente por mulheres na faixa dos 40 anos. Mas há casos em que é preciso iniciar esse rastreio de forma precoce. “Mulheres com histórico de câncer na família devem começar o rastreamento antes dos 40, por volta dos 35 anos, pelo menos”, recomendou Isabella.

“Combater a obesidade, evitar o sedentarismo, diminuir a ingestão de carboidratos e ultraprocessados, apostar em uma alimentação balanceada, diminuir o consumo de álcool e cessar o tabagismo são os hábitos recomendados”, elencou Isabella.

Somado a isso, é fundamental permanecer vigilante com os exames de rastreio com regularidade.

Informações: Folha de Pernambuco

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